Os advogados e os criminosos da Lava Jato
A revista Veja colocou na capa um criminalista, Adriano Bretas, que enriqueceu na Lava Jato. “Desfruto de um padrão de vida que jamais sonhei ter”, afirma. A manchete apresenta “os novos ricos da Lava Jato”. A matéria conta a história de advogados que estão ganhando fortunas defendendo empresários e políticos acusados de corrupção.
Na mesma reportagem há um quadro sobre a “ordem dos advogados milionários do Brasil”. Há honorários de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões.
Todos têm direito à defesa, evidente. Mas há algo de estranho quando temos uma indústria da corrupção, diz Marco Antonio Villa.
Será que os defensores não fazem questionamento ético sobre o que recebem? Não existe a questão ética?
A presunção da inocência, no Brasil, virou sinônimo de impunidade penal. O maior advogado brasileiro, Sobral Pinto, certamente não defenderia nenhum da Lava Jato.
Triste Brasil.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.