Oscilar entre Alckmin e Ciro mostra que DEM não tem identidade
Todo mundo entusiasmado com a Copa do Mundo. E isso se reflete em diversos setores, positiva ou negativamente. Na política brasileira continuam as articulações, o desespero do centro de buscar um candidato, e não há nenhuma mudança a vista.
Não há relação direta entre o resultado positivo ou negativo da Seleção Brasileira e o resultado eleitoral. Essa é uma balela que se falou por muito tempo, mas que a história provou que é equivocado. Independente do resultado eleitoral, o quadro continua o mesmo.
Estamos nos aproximando das eleições. Quando terminar a Copa, será quase o início da campanha eleitoral propriamente dita. Ela será curta, a mais curta da história, e que não tem nada definido. Nem os candidatos estão definidos ainda.
Assim como no futebol, a época da Copa será utilizada pelos partidos para fazer alianças. Se o Santos tivesse mandado o Jair Ventura embora, teria 45 dias para arrumar o time com outro treinador. Mesma coisa se aplica a política. É o momento de articulação.
A candidatura do Rodrigo Maia criou um problema para o DEM. Todo mundo sabia que ela não era de verdade, e isso criou dificuldades para os partidos que poderiam se aliar ao DEM, e ao próprio DEM, que poderia se aliar a outros partidos.
É provável que a articulação em SP com o Doria tenha destravado esse obstáculo, para que o DEM se reaproxime do PSDB e nacionalmente possa apoiar os tucanos, o que seria um sopro na candidatura de Geraldo Alckmin.
Agora, o DEM oscilar entre Alckmin e Ciro Gomes mostra que é um partido que não sabe bem sua identidade. São duas visões de mundo completamente diferentes. De uma forma ou de outra, tudo indica que o DEM caminhe para uma aliança com o PSDB.
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