Petrobras vai seguir sua vida, e o que vai ficar é a incompetência do Governo

  • Por Jovem Pan
  • 02/06/2018 11h13
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EFE/Hedeson Alves Agora, é preciso dar tempo ao tempo para ver as repercussões da saída de Pedro Parente no mercado

Na última sexta-feira (1°), Pedro Parente anunciou sua demissão do cargo de presidente da Petrobras. Com isso, o conselho da empresa se reuniu e, no fim do dia, comunicou, juntamente com o presidente Michel Temer, que Ivan de Souza Monteiro, o atual diretor executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores, será o substituto interino.

Agora, é preciso dar tempo ao tempo para ver as repercussões no mercado. Ele deve reagir positivamente na segunda-feira (4). E o que deve ocorrer todo mundo já sabe: as ações da Petrobras vão subir, a bolsa de valores deve ter uma leve ascensão, o dólar deve ter uma leve queda, aquelas coisas de sempre.

Agora, o que interessa é politicamente. Há um desgaste enorme no Governo nessas duas últimas semanas e a questão central é: como o Governo Temer vai resistir mais sete meses?

Com relação a Petrobras, e o fracasso da greve dos petroleiros, não pela multa do TST e sim porque não houve mobilização, a empresa vai seguir sua vida. Tudo indica que não manterá a mesma política irresponsável de Pedro parente. Agora, a empresa vai continuar em um processo de recuperação, vai ter lucro, o preço das ações vão subir, mas o que fica é a incompetência do governo, o distanciamento desse governo com a realidade do Brasil.

A relação do governo com a população, que já era ruim, piorou. Esse é o grande desafio: como o povo vai responder a um governo incapaz, incompetente, desmoralizado, com crise de autoridade nunca vista na história do brasil?

Uma coisa é certa: se o governo morreu no dia 17 de maio de 2017, quando o Brasil tomou conhecimento das conversas de Temer com Joesley Batista, ele foi sepultado definitivamente na greve dos caminhoneiros.

Em relação a sucessão presidencial, ninguém vai querer o apoio do Temer. Já não queriam antes de greve, agora, ninguém vai ser louco de querer agora. Segundo, seu pretenso candidato, Henrique Meirelles, que já era um candidato fadado ao fracasso, vê sua candidatura morrer.

A preocupação maior é como será essa relação entre legislativo e executivo. o congresso nacional dificilmente aprovará alguma medida encaminhada pelo presidente temer que tenha alguma resistência popular. Esses dois vetores vão paralisar a vida no congresso.

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