Mexicano condenado à morte nos EUA passa últimas horas de vida com a família

  • Por Agencia EFE
  • 22/01/2014 20h48
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Huntsville (EUA), 22 jan (EFE).- O mexicano Edgar Tamayo, preso que tem a execução marcada para às 18 horas locais (22 horas, em Brasília) desta quarta-feira no Texas, nos Estados Unidos, está usando as suas últimas horas de vida para receber visitas de familiares e na companhia de conselheiros espirituais.

De acordo com informações do Departamento de Justiça Criminal do Texas, na manhã de hoje, o preso passou duas horas com seu pai, que tinha um semblante “visivelmente triste”.

Tamayo, condenado pelo assassinato de um policial em 1994, também teve a oportunidade de passar um tempo com as filhas. Ele esteve na companhia delas até às 11h40.

Desde o meio-dia, o preso está no quarto denominado “a ante-sala da morte”, ao lado da câmara onde é realizada a execução por injeção letal. Até pouco antes da execução, o preso poderá falar por telefone com a família, e será acompanhado por três conselheiros espirituais.

Segundo as mesmas fontes, o preso pediu a sua família “que mantenha a calma” e não que assista à execução.

Acompanharão como testemunhas Gayle Gaddis, mãe do policial assassinado, dois irmãos do agente, além de outros parentes próximos.

Nas últimas 24 horas, os advogados de defesa de Tamayo teram, sem sucesso, em três instâncias judiciais a suspensão da execução.

Ontem, o pedido foi negado por um juiz do distrito oeste do Texas e pela Junta de Perdões. Hoje, a Corte de Apelações do Quinto Circuito de Nova Orleans também rejeitou o recurso apresentado pela defesa.

Desta forma, a vida de Edgar Tamayo depende que a Suprema Corte dos Estados Unidos decida se aceita ou não suspender a execução. O fato levantou uma onda de protestos de organizações humanitárias e instituições internacionais.

Até mesmo os governos dos Estados Unidos e do México pediram às autoridades do Texas que adiassem a execução para que fosse cumprida a ordem da Corte Internacional de Justiça, que exige revisar os casos nos quais um preso não tem contado com assistência consular de seu país de origem.

Apesar disso, o governador do Texas, Rick Perry, afirmou que o preso mexicano teve um “julgamento justo” e está sujeito “às leis estaduais”. EFE

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