México comemora aniversário de sua independência com o tradicional “El Grito”
Cidade do México, 15 set (EFE).- O presidente do México, Enrique Peña Nieto, participou nesta terça-feira do tradicional “El Grito”, o evento de comemoração da independência do México, que hoje completa 205 anos.
Diante de milhares de pessoas que se reuniram desde o início da tarde na principal praça da capital mexicana, o Zócalo, esta foi a terceira ocasião em que o “El Grito” foi conduzido por Peña Nieto desde que assumiu o poder no dia 1º de dezembro de 2012 para um mandato de seis anos.
Ao lado de sua esposa, Peña Nieto apareceu às 23h locais (1h de Brasília da quarta-feira) na sacada central do Palácio Nacional, a sede do Executivo, e, empunhando a bandeira nacional, homenageou os heróis da independência mexicana. Logo em seguida, repetiu três vezes o grito de “¡Viva México!”, sendo acompanhado por todos os presentes.
A cerimônia relembra o discurso feito na madrugada do dia 16 de setembro de 1810 pelo padre Miguel Hidalgo, que convocou os mexicanos a se rebelarem contra a autoridade da Espanha, dando início à luta pela independência, que só foi concretizada em 1821.
Após o discurso do presidente, houve a tradicional queima de fogos na praça, onde ocorreram apresentações de diversos grupos musicais durante todo o dia.
No entanto, conforme foi informado na semana passada pelo secretário particular de Peña Nieto, Erwin Lino Zárate, a presidência decidiu não realizar este ano o jantar de gala no Palácio Nacional, “em conformidade com as disposições de austeridade orçamentária” estabelecidas pelo governo.
“O presidente da República foi muito claro em sua mensagem por causa do terceiro relatório de governo: temos que fazer mais com menos, investir os recursos públicos no substantivo, no que serve aos mexicanos. O governo tem que apertar o cinto”, disse o funcionário.
Apesar das comemorações, o clima deste ano não é dos melhores no país, pois, além dos problemas econômicos, ainda paira sobre o governo a sombra do episódio envolvendo o desaparecimento de 43 estudantes de uma escola rural para professores no estado de Guerrero, em setembro do ano passado.
Além disso, oito turistas mexicanos foram mortos no domingo em um ataque das forças de segurança egípcias, que supostamente os confundiram com terroristas.
As comemorações continuarão nesta quarta-feira com um desfile militar na esplanada do Zócalo, na Cidade do México. EFE
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