Milícia Al Shabab executa cinco pessoas condenadas por espionagem
Mogadíscio, 7 jan (EFE).- Um tribunal da milícia radical islâmica Al Shabab executou nesta quarta-feira na Somália cinco pessoas acusadas de espionagem e colaboração com a CIA, o governo somali e a Missão da União Africana na Somália (AMISON), informou à Agência Efe uma testemunha da execução.
Os cinco acusados foram fuzilados em uma praça pública em Bardera, uma grande cidade da região de Gedo (sul da Somália), diante de um grande número de pessoas, segundo relatou a testemunha Isak Gedow Ali.
A execução aconteceu depois que ontem um tribunal de Al Shabab sentenciou à morte estas cinco pessoas após serem condenadas por espionagem.
Este fato ocorre depois que em 29 de dezembro um alto comando da unidade de inteligência do grupo jihadista, Tahlil Abdishakur, morreu em um ataque aéreo lançado pelos Estados Unidos em território somali.
Por outro lado, pelo menos 25 combatentes morreram e outros 29 ficaram feridos após dois dias de intensa luta entre milicianos de Al Shabab e as forças armadas da região autônoma de Puntland, no nordeste da Somália.
“Nossas forças mataram 20 milicianos de Al Shabab e feriram outros 29, enquanto cinco soldados morreram durante a ofensiva militar nas montanhas de Galgala, na região de Bari”, declarou o presidente de Puntland, Abdiweli Mohammed Ali.
O governo de Puntland lançou as primeiras ofensivas contra as fortificações do grupo islamita em Galgala em meados de 2010 e desde então os combates causaram várias baixas em ambos os lados.
Os radicais islâmicos do Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à Al Qaeda, lutam para derrubar o governo somali e instaurar um Estado islâmico de corte wahhabista.
Al Shabab assassinou, em várias ocasiões, acusados de delitos de adultério ou violação, decapitando e decepando as extremidades em público com frequência. EFE
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