Ministro da Pesca afirma que aquicultura é o futuro do combate à fome

  • Por Agencia EFE
  • 28/11/2014 20h08
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Assunção, 28 nov (EFE).- A aquicultura é o futuro do combate à fome, afirmou à Agência Efe o ministro da Pesca, Eduardo Lopes, que presidiu a reunião da Rede de Aquicultura das Américas (RAA) da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), realizada nesta sexta-feira em Assunção.

“A aquicultura tem um potencial de segurança alimentar e de gerar qualidade de vida, trabalho e renda em todos os países do mundo”, afirmou Lopes, presidente do conselho de ministros da RAA.

Como exemplo, ele citou a troca entre o Brasil e a Costa do Marfim. Em 1971 os africanos enviaram os primeiros exemplares de tilápia ao país, espécie hoje exportada com uma “genética melhorada”, que proporciona uma maior produção, com melhor rendimento em menos tempo.

Apesar disso, Lopes admitiu que o Brasil não é autossuficiente na produção de pescado. São investidos entre US$ 500 milhões e US$ 700 milhões em importações de produtos como o salmão chileno, o bacalhau norueguês e o pangasius vietnamita. Já as exportações geram cerca de US$ 200 milhões ao país.

Lopes presidiu hoje a segunda reunião do conselho de ministros do RAA, um encontro entre os países latino-americanos que buscam promover o consumo e aumentar a produção de pescado na região, como forma de combater a pobreza e a fome. Além do Brasil, participaram do encontro representantes da Argentina, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Nicarágua, Paraguai, Peru e Venezuela.

Segundo dados da FAO, 50% do pescado que é consumido no mundo tem origem na aquicultura. Além disso, representa a principal fonte de proteínas para 17% da população mundial e para 25% dos habitantes de países com baixa renda e déficit de alimentos. EFE

msd/lvl

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