Morales diz país viverá dia histórico com inauguração de usina

  • Por Agencia EFE
  • 23/08/2015 16h21

La Paz, 23 ago (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste domingo que amanhã viverá com seu colega do Paraguai, Horacio Cartes, “um dia histórico” quando entrar em pleno funcionamento a central boliviana de processamento de hidrocarbonetos Grande Chaco.

Morales destacou a importância desse ato em entrevista coletiva na região sulina de Tarija, em cujo território foi construída essa central que separará os líquidos do gás que é exportado à Argentina, o que permitirá à Bolívia produzir vários tipos de combustíveis.

O governante boliviano disse que, além de Cartes, também é esperada a presença de autoridades da Argentina e Peru.

“Amanhã será um dia histórico e inesquecível para Yacuiba (município onde está a usina) e Tarija, mas também para a Bolívia”, sustentou o líder boliviano.

A central, que é uma das maiores deste tipo na América do Sul, foi construída por uma empresa espanhola contratada pelo Estado boliviano, que investiu US$ 688 milhões nessas instalações.

Esta usina é seis vezes maior que outra similar que funciona desde agosto de 2013 na região de Santa Cruz, separando os líquidos do gás natural exportado ao Brasil.

Grande Chaco pode processar até 32,2 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, produzir 3.140 toneladas métricas diárias (TMD) de etano, 2.240 TMD de Gás Liquidificado de Petróleo (GLP), 1.040 barris diários de isopentano e 1.650 barris diários de gasolina.

A usina permitirá consolidar a exportação de GLP a nichos de mercado do Peru, Paraguai, Uruguai e também na Argentina e Brasil, países que além disso são grandes consumidores de gás natural boliviano.

A produção de etano e propano também permitirá à Bolívia ter a matéria-prima para uma indústria petroquímica de plásticos.

É previsível que nas seguintes semanas Morales aprove os termos de uma licitação para a construção de uma usina produtora de propileno e polipropileno com um investimento de US$ 1,8 bilhão, que deve operar em 2020.

Depois será licitada outra usina para a produção de etileno e polietileno, que demandará um investimento, também estatal, de US$ 2,6 bilhões e que deveria funcionar entre 2022 e 2023, segundo disse esta semana o vice-presidente Álvaro García Linera. EFE

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