Morrem 15 combatentes jihadistas em confrontos no nordeste da Síria

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2014 08h24
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Cairo, 10 abr (EFE).- Pelo menos 15 combatentes jihadistas morreram nesta quinta-feira em enfrentamentos entre os grupos rivais Frente al Nusra e Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) na província de Deir ez Zor, no nordeste da Síria.

Segundo um comunicado do Observatório Sírio de Direitos Humanos, os combates entre os dois grupos começaram de madrugada nos arredores da cidade de Albu Kamal, próxima da fronteira com o Iraque, e nos arredores do povoado de Kabayeb.

O confronto faz parte da tentativa do EIIL de tomar o controle desta área de Deir ez Zor, de onde teve que se retirar em fevereiro após uma ofensiva de outras forças rebeldes.

Para o EIIL, é de vital interesse controlar as vias de acesso a Deir ez Zor por sua proximidade com a província iraquiana de Al-Anbar, seu principal reduto no Iraque.

O Observatório, que não soube precisar o número de vítimas de cada lado, disse que há informações que os combatentes do EIIL avançaram no local.

Desde o dia 3 de janeiro, o norte da Síria é cenário de combates entre o EIIL e outros grupos insurgentes islamitas, entre eles o Frente al Nusra, que querem expulsar o EIIL do país porque acreditam que cometeram violações contra o povo sírio.

Essas organizações jihadistas estão em conflito até o ponto que o próprio líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, teve que intervir para deixar claro que o Frente al Nusra é o representante de seu grupo no território sírio e para delimitar a ação do EIIL ao Iraque, o que foi desobedecido por esta facção.

Por outro lado, o Observatório elevou hoje para 40 os mortos em vários incidentes ontem na cidade de Homs, no centro do país.

Mais da metade das mortes ocorreram pela explosão de dois carros-bomba no distrito de Karm al Luz, de maioria alauita, grupo do qual pertence o presidente sírio, Bashar al Assad.

Outros 14 civis, entre eles crianças e mulheres, morreram em uma avenida de Homs por disparos de desconhecidos, que acredita-se que pertençam a uma milícia alauita pró-governo.

Mais de 150 mil pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em março de 2011, segundo os últimos números do Observatório. EFE

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