“Neoguri” perde força ao se aproximar de Tóquio, mas alerta continua vigente

  • Por Agencia EFE
  • 11/07/2014 01h36

Tóquio, 11 jul (EFE).- O tufão “Neoguri”, que foi rebaixado para tempestade tropical, continua perdendo força ao se aproximar de Tóquio nesta sexta-feira, mas as autoridades mantêm o alerta pela possibilidade de inundações e de deslizamentos de terra.

O “Neoguri” alcançou a Prefeitura de Chiba, ao leste de Tóquio, por volta das 5h locais de hoje (19h de Brasília da quinta-feira), quando se deslocava a cerca de 35 km/h e provocava rajadas de vento de até 126 km/h, segundo os últimos dados da Agência Meteorológica do Japão (JMA, sigla em inglês).

O tufão enfraqueceu ao longo de sua trajetória rumo ao noroeste, e está previsto que se transforme em um ciclone extratropical depois que atravessar a península de Boso, na margem leste da baía de Tóquio, e chegar ao Oceano Pacífico.

No entanto, a JMA mantém o alerta na região da capital japonesa e em outras áreas do centro do país devido à previsão de chuvas constantes e fortes rajadas de vento.

Por sua vez, a operadora da central nucelar de Fukushima Daiichi afirmou que está “totalmente preparada” para resistir aos efeitos da tempestade, mas não está previsto que o “Neoguri” passe diretamente pelo local das instalações nucleares.

A Tokyo Electric Power Company (Tepco) suspenderá temporariamente os trabalhos de desmantelamento e outras tarefas na usina se a chuva e o vento se intensificarem sobre essa parte do litoral leste do Japão, informou a administração da central em comunicado.

Até o momento, o fenômeno meteorológico causou três mortes e deixou 66 feridos nas regiões central e sul do país, além de ter destruído, total ou parcialmente, 117 casas.

Uma criança de 12 anos morreu ontem depois que uma enxurrada o arrastou na frente de sua casa apenas dez minutos antes de as autoridades emitirem um aviso de evacuação, de acordo com informações da emissora pública “NHK”.

Além disso, dois homens morreram afogados em duas províncias diferentes do país depois que caíram em valas de escoamento de água.

O tufão fez com que cerca de 30 mil pessoas tivessem que deixar seus lares na ilha de Kyushu, no sudoeste do país, e interrompeu temporariamente o fornecimento de energia elétrica para milhares de residências nessa região e em Okinawa, lugares onde o fenômeno meteorológico alcançou sua maior intensidade. EFE

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