Netanyahu pede unidade contra terrorismo em enterro de vítimas de atentado
Jerusalém, 13 jan (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta terça-feira que a comunidade internacional se una na luta contra o terrorismo, em discurso realizado durante o enterro das quatro vítimas judias do atentado a um mercado kosher de Paris.
“O terrorismo ameaça todo o mundo. Os líderes do mundo começam a entender esta ameaça”, disse o primeiro-ministro.
“Os terroristas nunca nos vencerão”, afirmou Netanyahu. Em um ato oficial com a presença de ministros, deputados e grandes rabinos, assim como de uma representante do governo francês, a ministra de Ecologia, Ségolène Royal, Netanyahu destacou que “os autores dos ataques não são apenas inimigos do povo judeu, mas de toda a humanidade”.
“Chegou o momento de nos unir em um esforço para erradicá-los”, insistiu em seu discurso perante mais de mil de pessoas. O enterro foi realizado no cemitério Guivat Shaul, em Jerusalén.
Inicialmente, as autoridades israelenses pensaram em fazer o enterro no emblemático e seleto cemitério do Monte das Oliveiras, em frente ao Monte do Templo (Esplanada das mesquitas), mas no final desistiram sem dar uma explicação.
Os corpos de Yoram Cohen, Philippe Barham, Yoav Hatab e François Michel Saada, acompanhados de familiares, chegaram no aeroporto de Ben Gurion, perto de Tel Aviv, antes do amanhecer.
Durante a cerimônia, na qual havia várias bandeiras israelenses e cartazes de solidariedade, os corpos estiveram cobertos o tempo todo com o tradicional manto judeu azul e branco (o talit), segundo o ritual religioso.
Um dos momentos mais emocionantes aconteceu quando a viúva de uma das vítimas usou o microfone para falar e se fez um silêncio sepulcral, só partido pelo pranto de várias pessoas.
O primeiro-ministro, assim como o presidente israelense, Reuven Rivlin, afirmou que os quatro “foram assassinados, assim como as vítimas do colégio de Toulouse (em um ataque cometido há três anos), unicamente por serem judeus”.
Netanyahu afirmou mais uma vez que os judeus só podem viver em completa segurança em seu “lar nacional: Israel”.
“Os judeus têm um só país, que é o seu lar nacional, que os receberá de braços abertos. Israel é o lar autêntico de todos nós e quantos mais formos e estivermos unidos, seremos mais fortes. Essa é a esperança de todo o povo judeu”, afirmou o primeiro-ministro.
Rivlin disse que os judeus não devem emigrar para Israel “por causa da dor, porque a Terra de Israel é uma terra de escolha e se deve escolhê-la por amor”.
O presidente se queixou que “em 2015, setenta anos depois da Segunda Guerra Mundial, os judeus tenham temor de usar o quipá e vestir seu tzitzit (manto sagrado) nos países europeus. EFE
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