“NHK” relata que EI pediu pagamento de resgate à esposa de jornalista japonês

  • Por Agencia EFE
  • 22/01/2015 01h09
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Tóquio, 22 jan (EFE).- O Estado Islâmico (EI) solicitou, no início de janeiro, um resgate no valor de US$ 17 milhões à esposa do jornalista Kenji Goto, um dos dois japoneses mantidos como reféns pelo grupo jihadista, informou nesta quinta-feira a emissora pública do Japão, “NHK”.

A mulher de Goto vem recebendo mensagens, aparentemente enviadas por alguém ligado ao EI, desde novembro, antes que o grupo exigisse oficialmente o pagamento de resgate ao governo japonês, segundo a fonte consultada pela emissora japonesa.

A primeira mensagem se limitou a informá-la que seu marido tinha sido capturado, mas sem ameaças de morte.

As mensagens seguintes continham informações que apenas Goto e sua família poderiam conhecer, assim como provas que confirmavam seu sequestro.

Foi no início de janeiro que a mulher recebeu uma nota exigindo o pagamento de US$ 17 milhões.

A mensagem é parecida com outros e-mails enviados pelo grupo jihadista em ocasiões similares, apontou a fonte.

O EI ameaçou na última terça-feira executar dois reféns japoneses, o empresário Haruna Yukawa e o jornalista Kenji Goto, se não receber, no prazo de 72 horas, o pagamento de US$ 200 milhões do governo do Japão.

Goto, de 47 anos, entrou no território sírio controlado pelo Estado Islâmico no início de outubro do ano passado, com a intenção de cobrir o conflito no terreno.

Segundo a imprensa japonesa, Goto foi sequestrado poucos dias antes de seu retorno, programado para 29 de outubro, quando perdeu o contato com familiares e amigos.

A “NHK” conversou ontem, através da internet, com um porta-voz do grupo jihadista, que garantiu que “o EI conseguirá o que quer”, dando a entender que não vai haver concessões.

Além disso, o porta-voz disse ter conhecimento de que o vice-ministro das Relações Exteriores do Japão, Yasuhide Nakayama, foi enviado à Jordânia para tratar do sequestro, sugerindo que o grupo jihadista está atento às ações do governo japonês.

O porta-voz evitou responder se o grupo se está fazendo contato com o Executivo japonês, mas reiterou que o Estado Islâmico não é motivado apenas pelo dinheiro. EFE

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