Nova-iorquinos celebram decisão do Supremo em bar “onde orgulho gay começou”
Nova York, 26 jun (EFE).- Centenas de pessoas foram nesta sexta-feira até o icônico bar Stonewall Inn de Manhattan para celebrar a histórica decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país.
O Stonewall Inn, que acaba de ser declarado monumento histórico da cidade de Nova York, está situado no bairro de Greenwich Village e em sua fachada é possível ver o cartaz que convida as pessoas a festejar “onde o orgulho gay começou”.
“Há quase 50 anos que tudo começou aqui”, assegurou uma jovem que se aproximou do bar onde no final dos anos 60 nasceu o movimento internacional pela defesa dos direitos dos homossexuais.
Tudo começou em 28 de junho de 1969, quando a polícia deteve várias pessoas em um bar ilegal onde se reunia, com discrição, boa parte da comunidade homossexual da cidade e que desembocou em vários dias de distúrbios.
Nessa mesma noite foi organizado espontaneamente um protesto contra a ação das autoridades, algo que se repetiria durante vários dias e que daria lugar, um ano mais tarde, à primeira marcha pelo orgulho gay em Nova York.
Agora, dois dias antes de completar outro aniversário daquela marcha, foi convocada através das redes sociais uma manifestação nesse mesmo lugar para celebrar a decisão do Supremo a partir das seis da tarde.
Casais de gays e lésbicas já fazem fila no emblemático edifício de tijolos para posar orgulhosos diante do fachada do “The Stonewall Inn” e imortalizar o momento com fotografias e “selfies”.
Com a passagem das horas, a zona foi enchendo de gente, o que obrigou a polícia a interditar o trânsito na rua Christopher, até onde se transferiram diferentes redes de televisão.
A Suprema Corte decidiu hoje a favor da legalização do casamento ente pessoas do mesmo sexo em todo o país, algo histórico que anula o poder dos estados para proibir as uniões entre homossexuais.
Desta maneira e desde hoje, o casamento homossexual é um direito constitucional em todo o país, obrigando os 13 estados que ainda o proibiam a permitir que as pessoas do mesmo sexo possam se unir legalmente. EFE
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