Obama afirma que Al Shabab foi debilitado, mas continua sendo um problema
Nairóbi, 25 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado em Nairóbi que o grupo jihadista Al Shabab está sendo “sistematicamente” debilitado, mas reconheceu que isso “não significa que o problema esteja resolvido”.
Em entrevista coletiva conjunta com o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, Obama se comprometeu a continuar os esforços dos EUA na luta contra Al Shabab e a cooperar para conseguir que a Somália tenha um “governo efetivo”.
“Reduzimos seu controle (do grupo terrorista) dentro da Somália e debilitamos suas redes, mas isso não significa que o problema esteja resolvido”, advertiu o presidente americano.
Justamente hoje o grupo fundamentalista assassinou a tiros um parlamentar somali na capital do país, Mogadíscio.
Abdullahi Hussein Mohammed foi baleado nesta tarde sem que a polícia conseguisse deter os terroristas, segundo relatou o comandante Ali Madaxay, da polícia da Somália.
O terrorismo foi um dos assuntos que centraram a reunião bilateral que Obama e sua delegação tiveram hoje com seu colega queniano e outros dirigentes do país na residência presidencial.
“Temos de continuar os esforços para aumentar a capacidade de luta contra Al Shabab dentro da Somália e reduzir seu espaço de operações”, ressaltou.
O presidente americano considera necessário manter seu apoio ao governo de transição da Somália, que qualificou de “disfuncional”.
“Agora há um governo que trabalha com a comunidade internacional, mas, embora tenhamos aumentado a pressão militar, é necessário contar com um efetivo”, reforçou.
Obama lembrou que Al Shabab continua atentando contra a população civil, com ataques como os que o Quênia sofreu recentemente contra a Universidade de Garissa, onde morreram 148 pessoas no último mês de abril.
“Ainda podem fazer danos”, disse Obama, convencido de que é necessário aumentar as capacidades do Quênia e outros países da região em matéria de segurança, aumentando sua preparação e recursos.
A viagem de Obama ao Quênia, o país onde nasceu seu pai e que já tinha visitado em outras duas ocasiões, é a primeira de um presidente americano em exercício.
Nesta ocasião, também viajará amanhã à Etiópia, o que lhe transformará no presidente americano que mais visitou a África durante seu mandato. EFE
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