Obama aplaude acordo sobre dívida e pede que Congresso acabe com a crise

  • Por Agencia EFE
  • 13/02/2014 02h22

Washington, 12 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou nesta quarta-feira a prorrogação do teto da dívida por um ano, até 2015, aprovada hoje pelo Senado e pediu que o Congresso acabe com as crises para promover a geração de empregos e o fortalecimento da economia.

“Esperemos que esta decisão de hoje seja o fim das políticas de risco calculado e nos permita avançar para fazer mais pela criação de empregos e pelo fortalecimento da economia”, afirmou Obama após conhecer o resultado da votação, segundo comunicado da Casa Branca.

E acrescentou: “ao invés de perder tempo criando novas crises, o Congresso deve se concentrar na criação de novos empregos e oportunidades, isso é o que os americanos esperam e merecem por parte de seus representantes em Washington e isso é o que devem receber”.

A votação de hoje no Senado representa uma vitória para o presidente americano, que tinha se negado a aceitar qualquer tipo de negociação sobre o limite da dívida.

Assim, em seu comunicado, ressaltou que a credibilidade dos Estados Unidos é importante demais para que seja usada como uma “ferramenta para a extorsão”, em alusão às concessões exigidas pelos republicanos para evitar uma nova paralisação administrativa como a que ocorreu em outubro do ano passado.

A proposta recebeu o sinal verde do Senado em uma estreita votação, com 55 votos a favor e 43 contra, e acaba com uma nova contagem regressiva para evitar a paralisação da administração federal.

O secretário do Tesouro, Jack Lew, que tinha alertado ao Congresso sobre as consequências de uma falta de ação, deu as boas-vindas ao acordo que traz “estabilidade e certeza” para os mercados e negócios.

O Tesouro vinha utilizando medidas contábeis “extraordinárias” desde 7 de fevereiro para manter a liquidez, mas advertiu que as mesmas durariam apenas até o “final de fevereiro”.

Assim, esta prorrogação do teto de dívida até 2015 se junta à estipulada em outubro, que aconteceu após a grave crise orçamentária que provocou a paralisação da administração federal por 16 dias.

O líder da maioria democrata Harry Reid comemorou a decisão dos líderes republicanos na Câmara dos Representantes de não dificultarem a medida ao permitirem a aprovação de uma proposta de lei.

Diante da incapacidade de um acordo interno, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, decidiu deixar que a norma fosse aprovada com o apoio majoritário dos democratas e uma minoria da bancada republicana, apesar de o partido ser maioria na Câmara.

Para que se transforme em lei, só falta a assinatura do presidente Barack Obama, que já revelou sua intenção de ratificá-la. EFE

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