Obama: negociações com Irã podem fracassar se forem impostas mais sanções
Washington, 16 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmaram nesta sexta-feira que as negociações nucleares com o Irã provavelmente fracassarão se forem impostas novas sanções contra o país, como pretende fazer um amplo setor do Congresso americano.
“A probabilidade de um colapso nas negociações é muito alta”, afirmou Obama sobre a possibilidade de serem aplicadas novas sanções. O presidente americano concedeu uma entrevista coletiva ao lado de Cameron após o encontro.
“Vetarei um projeto de lei (de sanções contra o Irã) se chegar em meu gabinete. E deixarei claro ao povo americano porque farei isso”, disse Obama.
O presidente pediu paciência para um Congresso no qual muitos membros de seu próprio partido, o Democrata, apoiam a imposição de mais sanções contra o Irã. Segundo Obama, “ninguém no mundo, e menos ainda os iranianos”, duvidam de sua capacidade de impor novas sanções se as negociações fracassarem.
Obama calculou que existe “provavelmente menos de 50%” de probabilidade do Irã e do grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) chegarem a um acordo antes de julho, quando vence o prazo para que ambas as partes cheguem a um consenso que termine com quase 12 anos de litígio.
“Mas não existem boas razões para que tentemos cortar ou minar as negociações até que tenham cumprido seu cronograma”, afirmou.
Cameron disse que conversou com alguns senadores americanos durante sua visita aos Estados Unidos para deixar claro sua posição de que impor mais sanções agora “seria contraproducente” e, além disso, “poderia colocar em risco a valiosa unidade internacional que foi crucial” para as negociações.
“Novas sanções ou a ameaça de novas sanções não ajudarão neste momento a levar as conversações a uma conclusão exitosa, e poderia romper a unidade internacional que tem sido tão valiosa para formar uma frente unida diante do Irã”, advertiu Cameron. EFE
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