Objetivo de ataques em debates não é ganhar voto, mas tirá-lo do adversário
Houve uma troca de ataques em série entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no debate promovido por Jovem Pan, SBT e Uol.
As principais pesquisas dizem que os dois estão empatados tecnicamente, a uma semana da eleição.
Resta muito pouco a fazer no sentido de apresentar propostas e planos de governo a essa altura. Não haveria tempo para discutir essas questões.
É muito difícil um lado convencer o outro.
O que funciona nessas horas, segundo os marqueteiros, é fazer com que o eleitor do adversário desista, até mesmo para votar nulo.
Teria uma parcela de eleitores de um ou de outro que estariam desencantados com a política, mais ou menos decididos.
Existe um pouco de morbidez dos seres humanos que lhes fazem interessar por coisas mais incomuns, de mais ação, como numa cena de telenovela em que duas atrizes se atracam.
Estamos num modelo praticamente falido no Brasil para uma campanha de troca de ideias e propostas.
É necessária alguma reforma para incentivar um debate em nível mais alto.
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