Parrela lembra recorde de Michael Johnson: “Sou um escolhido do atletismo”

  • Por Agencia EFE
  • 16/03/2014 15h03

Santiago (Chile), 16 mar (EFE).- Melhor entre os “mortais” nos 400 metros rasos do Mundial de atletismo de Sevilha, em 1999, o brasileiro Sanderlei Parrela demonstrou neste domingo felicidade e orgulho por ter sido o segundo colocado dessa prova, na qual o americano Michael Johnson registrou o melhor tempo da história.

“Sou um escolhido do atletismo por ter estado lá nesse dia. Tudo colaborou para eu poder correr rápido: a temperatura ideal, a pista de Sevilha, que era muito veloz, e a presença de Johnson. Esse registro dele de 43s18 será batido um dia, mas não será em breve”, disse Parrela, de 39 anos, em entrevista concedida à Agência Efe durante os Jogos Sul-Americanos, disputados em Santiago, no Chile.

Em 26 de agosto de 1999, Johnson venceu a final dos 400 metros do Mundial seguido por Parrela, que ficou com a prata com o tempo de 44s29, e do mexicano Alejandro Cárdenas (44s31), dono do bronze.

“Aquela foi a corrida da minha vida, jamais voltei a sentir aquela sensação de euforia com vontade de gritar, de chorar e de comemorar ao mesmo tempo. É algo que eu não posso explicar com palavras”, comentou.

Segundo Parrela, o mais difícil de sua experiência em Sevilla foi treinar para a competição de maneira quase desumana com repetições de 500 metros e 200 metros nas quais precisou batalhar contra a acidose em seus músculos.

“Já perto do Mundial fiz seis tiros de 200 metros com seis minutos de recuperação. Fiz entre 21s4 e 21s6 e cheguei a vomitar, mas soube que estava preparado para correr bem”, confessou.

O brasileiro está em Santiago como técnico de atletas como Anderson Henriques, campeão dos Jogos Sul-americanos nos 400 metros rasos, com o tempo de 45s03, e Hugo Balduíno, prata, com 45s09.

“Fizeram esses tempos em condições de calor, em dois anos podem estar perto de 44s50 segundos e com isso podem entrar na luta pelas medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro”, previu, demonstrando otimismo. EFE

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