Partido governante sul-coreano pede que Pyongyang siga exemplo do Irã
Seul, 4 abr (EFE).- O Saenuri, partido governante da Coreia do Sul, sugeriu ao regime de Pyongyang que siga o exemplo do Irã depois que a República Islâmica e outras seis potências chegaram a um acordo de princípios para limitar seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções.
“Esperamos que a Coreia do Norte se una ao Tratado de Não-Proliferação e se una ao movimento para desnuclearizar a península coreana”, afirma um comunicado divulgado neste sábado pelo partido conservador, que ostenta o poder em Seul desde 2008.
“Já que o Irã assentou um grande exemplo, o Norte deveria pôr fim a suas ânsias por possuir armas nucleares e abrir a porta para melhorar as vidas de sua gente”, acrescenta o texto.
“(O acordo com o Irã) é resultado da cooperação internacional para a desnuclearização. Esperamos que tenha um impacto positivo no diálogo com Coreia do Norte também”, conclui o texto.
Visando a um acordo definitivo em junho, as cinco potências com direito a veto no Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha pactuaram nesta semana em Lausanne (Suíça) um documento que impõe limitações ao programa nuclear iraniano, mas também retira as sanções econômicas a Teerã caso cumpra o estipulado.
O principal partido opositor sul-coreano, Nova Aliança Política pela Democracia (NAPD), também elogiou o pré-acordo de Lausanne.
No entanto, ressaltou em comunicado que o atual governo liderado pela presidente Park Geun-hye deveria repensar sua ideia de instalar em território sul-coreano o sistema de interceptação de mísseis THAAD impulsionado por Washington, já que ameaça piorar o clima de entendimento com Pyongyang, que se opõe à medida.
Alguns analistas sul-coreanos pediram que não se equipare a situação do Irã e a da Coreia do Norte, que, ao contrário da República Islâmica, abandonou o Tratado de Não-Proliferação, realizou testes com armas atômicas e se declarou “um Estado Nuclear”.
Além disso, as conversas de seis lados para pôr fim ao programa nuclear norte-coreano, nas quais participam as duas Coreias, Estados Unidos, China, Rússia e Japão, permanecem estagnadas desde o final de 2008 sem perspectivas que sejam retomadas no curto prazo. EFE
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