Pequim censura 50 páginas da internet por críticas à gestão do acidente
Pequim, 16 ago (EFE).- As autoridades da China voltaram neste domingo a censurar dezenas de páginas de internet que continham críticas sobre a atenção às vítimas, gestão e investigação das explosões ocorridas na quarta-feira passada no porto de Tianjin que causaram já pelo menos 120 mortos.
O fechamento definitivo ou a suspensão temporária de 50 páginas de internet se soma às 360 contas de redes sociais que foram já censuradas.
Um comunicado da Administração do Ciberespaço da China publicado hoje pela agência oficial “Xinhua”, acusa as páginas de “criar o pânico publicando informação sem verificar ou permitir a seus usuário divulgar rumores infundados”.
Rumores, assinala, como que “as explosões causaram pelo menos 1.000 mortes”, que os “supermercados em Tianjin foram saqueados” ou para que “mude o governo de Tianjin”.
O organismo garantiu que esses rumores “causam influências negativas”, de modo que revogou as licenças de forma permanente de 18 paginas e suspendeu de modo temporário as operações de outras 32, sem especificar quais.
Adotaremos, disse a Administração do Ciberespaço, uma postura de “tolerância zero acerca da divulgação de rumores após grandes desastres”.
Por motivos similares o mesmo organismo ordenou ontem o fechamento de 160 contas de redes sociais e a suspensão temporária de outras 200.
Centenas de usuários de Weibo – o Twitter chinês – pediram desde que ocorreu a tragédia conhecer “a verdade da explosão”.
Além disso, parentes de alguns bombeiros desaparecidos (85, segundo as últimas números) criticam a desatenção que recebem por parte das autoridades e a falta de informação sobre o ocorrido. EFE
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