Pessoas que tiveram contato de risco com espanhola com ebola deixam hospital

  • Por Agencia EFE
  • 27/10/2014 13h59

Madri, 27 out (EFE).- Todas as pessoas que tiveram contato de alto risco com a auxiliar de enfermagem espanhola que superou o ebola deixaram o hospital de Madri nesta segunda-feira, após 21 dias de eventual incubação do vírus e sem terem registrado sintomas.

Teresa Romero, a auxiliar de 44 anos que foi infectada enquanto prestava atendendimento a um dos dois mortos pelo vírus na Espanha, segue no hospital. Embora curada, ela ainda precisa se recuperar de alguns efeitos deixados pela doença.

Segundo confirmaram fontes do hospital, os dez pacientes que estiveram sob observação saíram do centro de saúde na segunda-feira, entre eles Javier Limón, marido de Teresa Romero.

Os outros eram profissionais de saúde que fizeram o tratamento com Romero nos primeiros dias de incubação do vírus e antes de ser internada no hospital.

Permanecem internados no hospital a própria Teresa Romero e outro contato de risco (um dos pacientes que utilizou a mesma ambulância que transferiu a auxiliar ao hospital), que segue em observação por razões clínicas, embora já tenha dado negativo nas dois exames realizados para descartar a infecção por ebola.

Com as altas, é descartado qualquer contágio nos dias anteriores à entrada de Romero no Hospital Carlos III, em Madri, quando ainda não se sabia que a auxiliar de enfermagem estava infectada pelo vírus do ebola.

Um dos médicos que atendeu Romero no hospital da cidade em que vive, Alcorcón, comemorou nesta segunda-feira que tudo tenha terminado bem. Juan Manuel Parra disse aos jornalistas que o período de isolamento de três semanas foi duro.

“Sou médico de emergências, é meu trabalho”, disse Parra ao ser questionado sobre a possibilidade ter que atender outro infectado. No entanto, passada a crise, o médico afirmou que quer apenas “respirar um pouco” e abraçar a família.

Romero foi o primeiro caso de contágio do ebola registrado fora da África e está no hospital desde o dia 6 de outubro.

Duas pessoas foram mortas pelo vírus na Espanha, ambos religiosos que foram repatriados de países africanos com a doença em estado avançado. As mortes foram registradas nos dias 12 de agosto e 25 de setembro. EFE

nac/vnm

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