Polanski receberá prêmio na Suíça 5 anos após sua prisão

  • Por Agencia EFE
  • 26/07/2014 21h22
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Genebra, 26 jul (EFE).- O diretor de cinema Roman Polanski fará em agosto sua primeira apresentação pública em quase cinco anos na Suíça, onde foi detido e cumpriu vários meses de prisão domiciliar entre 2009 e 2010.

O polêmico diretor se apresentará em 14 de agosto com sua esposa e atriz, Emmanuelle Seigner, no 67º Festival de Cinema de Locarno seu último filme “Vênus das Peles”, anunciaram hoje seus organizadores.

No dia seguinte, Polanski dará uma palestra a jovens cineastas e receberá um prêmio especial.

O polaco-francês foi detido em setembro de 2009 em Zurique, onde receberia uma homenagem por sua carreira, devido a uma ordem de detenção internacional emitida em 2005 por ter mantido quase três décadas atrás relações sexuais com uma menor nos Estados Unidos.

Dois meses mais tarde foi libertado após o pagamento de uma fiança de 3 milhões de euros e ficou em prisão domiciliar em seu chalé na badalada estação de esqui de Gstaad.

A Justiça suíça examinou por vários meses os fundamentos do processo de extradição que recebeu dos EUA sobre Polanski e em julho de 2010 decidiu repeli-la.

Apesar de tudo, a Interpol emitiu uma circular internacional em que lembrava que Polanski seguia sendo considerado fugitivo.

Por isso, os únicos três países onde Polanski pode continuar livre são a França e a Polônia (por ter nacionalidade de ambos) além da Suíça.

“Diretor, ator, produtor e roteirista, Polanski teve um profundo impacto na história do cinema moderno. Seu humor sem falha e sua capacidade para dominar tal variedade de estilos diferentes, enquanto retém uma visão coerente do cinema, fazem dele um mestre dessa arte”, destacaram os organizadores do festival em um comunicado.

Entre os filmes mais aplaudidos que Polanski produziu durante sua carreira estão “Repulsa ao Sexo” (1965) com Catherine Deneuve, “O Bebê de Rosemary” (1968) com Mia Farrow, “Chinatown” (1974) com Jack Nicholson, e “O Pianista” (2002) com Adrian Brody.

“Tenho certeza de que a oportunidade de encontrar um diretor de filmes que resiste a todas as formas de dogmatismo será um dos momentos mais emocionantes do festival”, declarou Carlo Chatrian, diretor artístico do evento. EFE

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