Polícia australiana prende 2 suspeitos de planejarem atentados terroristas
Sydney (Austrália), 24 dez (EFE).- A polícia prendeu em Sydney, na Austrália, dois homens acusados de planejar atentados no país e de oferecer apoio para recrutar jihadistas australianos e enviá-los à Síria, em uma operação antiterrorista que continua em andamento, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
Um dos detidos, Sulayman Khalid, de 20 anos, foi acusado por possuir documentos com informações que facilitariam um ataque terrorista, enquanto o outro, de 21 anos e que não teve sua identidade revelada por motivos legais, foi preso por violar uma ordem de controle, segundo a emissora “ABC”.
O vice-comissário de segurança nacional da Polícia Federal da Austrália (AFP, sigla em inglês), Michael Phelan, disse que não foram encontradas provas que indicassem um ataque iminente.
“Os documentos fazem alguma referência a potenciais alvos governamentais. Não há nada que indique um alvo e um período de tempo específico”, disse Phelan.
As detenções ocorreram depois que o primeiro-ministro, Tony Abbott, anunciou que manterá o nível de alerta para possíveis atentados. Essa medida foi tomada em setembro depois que o serviço secreto detectou um aumento das atividades de supostos jihadistas.
O anúncio foi feito depois que um autoproclamado clérigo muçulmano de origem iraniana tomou 17 pessoas como reféns em uma cafeteria no centro financeiro de Sydney, no dia 15 de dezembro, em um incidente que terminou com a morte de três pessoas, dois reféns e o sequestrador.
Em setembro, a polícia prendeu cerca de 15 pessoas em Sydney e Brisbane em uma grande operação contra o jihadismo com o objetivo de desmantelar planos de ações terroristas na Austrália, inclusive decapitações em público.
Além de elevar o alerta, a Austrália adotou um plano de medidas para prevenir o retorno ao país de australianos que se juntaram ao Estado Islâmico (EI) como combatentes.
O governo do país oceânico estima que cerca de 70 australianos estejam lutando entre as fileiras do EI e que outros 100 trabalham ativamente na Austrália com apoio logístico e recrutamento. EFE
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