Polícia dissolve protesto na capital da Armênia e prende manifestantes
Tbilisi, 6 jul (EFE).- A polícia da Armênia dissolveu nesta segunda-feira um protesto contra o aumento do preço da eletricidade que há duas semanas bloqueava o centro de Yerevan, a capital armênia, mostraram imagens de televisão divulgadas ao vivo pela internet.
Após pedir aos manifestantes que liberassem a avenida Bagramian, onde fica a residência oficial do presidente armênio, Serzh Sargsyan, a polícia desmontou a barricada levantada com contêineres de lixo que bloqueava a via.
Os manifestantes não mostraram resistência ao desmantelamento da barricada e se sentaram no meio da rua, de onde foram tirados pelos policiais, que detiveram várias pessoas.
Após dissolver a manifestação, a polícia destacou agentes ao longo da avenida para impedir que os manifestantes voltassem a bloquear a circulação.
O protesto para exigir a retirada de um decreto do governo que aumentará a partir de 1º de agosto as tarifas de eletricidade começou em 19 de junho na praça da Liberdade e depois se transferiu para a avenida Bagramian, onde permaneceu até hoje.
Para acalmar os ânimos, o presidente armênio anunciou que o reajuste das tarifas será submetido a uma auditoria independente e, enquanto não houver conclusão, a diferença entre o preço atual da eletricidade e o que se aplicado a partir de agosto será subvencionado pelo Executivo.
No entanto, alguns líderes espontâneos da manifestação exigiram em seguida a retirada incondicional do decreto e a punição dos policiais que usaram violência contra os manifestantes em 23 de junho.
Pelo menos 18 pessoas, entre elas 11 agentes, ficaram feridas naquele dia, quando a tropa de choque decidiu dispersar os manifestantes reunidos pelo movimento cívico “Não ao saque!” com a ajuda de veículos com canhões de água.
Outras 237 pessoas, entre elas muitos jornalistas, foram detidas e permaneceram várias horas na delegacia, o que provocou críticas da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e das embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido em Yerevan. EFE
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