Por corrupção, Fifa bane ex-vice-presidente Jack Warner do futebol
Madri, 29 set (EFE).- O Comitê de Ética da Fifa decidiu nesta terça-feira banir de forma permanente do futebol o ex-vice-presidente da entidade e também ex-presidente da Concacaf, Jack Warner, acusado de corrupção pela Justiça dos Estados Unidos.
Em comunicado, a entidade máxima do futebol indica que foram constatou que Warner “cometeu várias infrações de maneira constante e repetida durante o desempenho de vários cargos de direção e influência na Fifa e na Concacaf”.
“Em suas posições dentro do futebol, ele foi peça-chave nos esquemas envolvendo oferecimento, aceitação e recepção de somas ilegais não declaradas, assim como em outros crimes financeiros”, indica o texto divulgado pela Fifa.
Warner, nascido em Trinidad e Tobago, foi declarado culpado de infringir seis artigos do Código de Ético da Fifa, entre eles os relativos às regras gerais de conduta, princípios de lealdade, obrigação de denunciar, cooperar e prestar contas, conflito de interesses, aceitação e oferecimento de presentes e outros benefícios, além de suborno e corrupção.
A suspensão vitalícia de Warner foi determinada pelo órgão de decisão do Comitê de Ética, presidido por Hans-Joachim Eckert, como consequência da investigação realizada pelo órgão de instrução após o relatório sobre o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, vencido por Rússia e Catar, respectivamente.
As investigações contra Warner tiveram início em janeiro de 2015 sob o comando de Cornell Borbély, presidente do órgão de instrução do Comitê de Etica desde o fim de dezembro do ano passado.
Warner renunciou voluntariamente de todos seus cargos no futebol em 2011, por isso a Fifa fechou os procedimentos então abertos pelo Comitê de Ética e manteve sua presunção de inocência.
O ex-presidente da Concacaf é acusado de corrupção por atos cometidos entre 1990 e 2011, dentro de uma investigação feita pelo Departamento de Justiça dos EUA.
A Procuradoria-Geral de Trinidad e Tobago chegou a autorizar a extradição de Warner aos EUA na última segunda-feira, mas os advogados do ex-presidente da Concacaf recorreram da decisão. Uma audiência foi marcada para o dia 2 de dezembro para avaliar o caso.
No final de maio, Warner se entregou às autoridades trinitenses com objetivo de esclarecer sua situação legal, se declarou inocente de todas as acusações e pagou uma fiança de US$ 394 mil para responder ao inquérito em liberdade. EFE
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