Porto de Tianjin tinha 700 toneladas de produtos tóxicos durante explosão

  • Por Agencia EFE
  • 19/08/2015 12h18
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Pequim, 19 ago (EFE).- O terminal de contêiners do porto chinês de Tianjin, onde há semana ocorreram duas grandes explosões que causaram pelo menos 114 mortes, abrigava no momento do fato 700 toneladas de produtos altamente tóxicos, indicaram nesta quarta-feira as autoridades municipais.

Após a identificação dos compostos químicos no local, o tenente prefeito de Tianjin, Eis Shushan, disse que havia 700 toneladas de produtos altamente tóxicos, especialmente cianureto de sódio; 1,3 mil toneladas de compostos óxidos, sobretudo nitrato de potássio e nitrato de amoníaco; 500 toneladas de produtos inflamáveis, como sódio e magnésio, e uma quantidade não determinada de cafeína.

Eis Shushan, segundo a agência oficial “Xinhua”, garantiu que tratou de isolar a zona mais próxima às explosões para reduzir o risco de contaminação.

No entanto, as equipes que trabalham na limpeza detectaram um total de 100 quilos de resíduos químicos dispersados pela explosão da terminal em um raio de três quilômetros.

Além disso, os trabalhos destas equipes, que já retiraram cerca de 150 toneladas de cianureto de sódio do lugar das explosões, estão sendo dificultados pelas chuvas.

Precisamente as precipitações são uma das principais preocupações das autoridades, já que teme-se que possam espalhar os restos das substâncias tóxicas além do porto de Tianjin.

Alguns residentes em zonas próximas ao terminal de contêineres onde ocorreram as detonações se queixaram de ardência na pele depois das chuvas registradas na terça-feira na cidade.

Até o momento, as autoridades ambientais asseguraram que a contaminação no ar e na água se mantém em níveis considerados “seguros”.

As explosões que ocorreram há uma semana no porto de Tianjin, o maior do norte da China, deixaram pelo menos 114 falecidos e mais de 700 feridos, embora esses números poderiam aumentar, dado que segue desaparecido um número inexatos de pessoas (o número oficial oscila entre 50 e 70).

A tragédia de Tianjin ameaça se transformar em uma das maiores catástrofes ambientais da história recente do país.

O fato provocou reações por parte de Pequim, que disse que foram abertas investigações por corrupção contra o responsável de segurança laboral da China, Yang Dongliang, e o alto cargo do Ministério de Proteção Meio Ambiental Xiong Yuehui.

Além disso, uma dezena de diretores da companhia proprietária do armazém, Ruihai International Logistics, estão sob custódia policial desde terça-feira, entre eles o presidente, Yu Xuewei, e o vice-presidente, Li Liang. EFE

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