Prefeito opositor venezuelano denuncia agressão e invasão de prefeitura

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2015 00h45
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Caracas, 3 jun (EFE).- O prefeito do município Mario Briceño Iragorri, que fica no estado de Aragua, no norte da Venezuela, o opositor Delson Guárate, denunciou nesta quarta-feira que supostos grupos governistas invadiram a prefeitura e agrediram vários funcionários, jogando dois deles do primeiro andar da sede do poder municipal.

Guárate, em conversa telefônica com a Agência Efe, assegurou que por volta das 10h locais (11h30 de Brasília) “um grupo de chavistas armados com facas” entraram na prefeitura e “o que fizeram foi atentar contra o pessoal que estava trabalhando, especialmente contra a equipe de comunicação”.

“Foi dramático, temos uma pessoa com concussão cerebral, traumatismo craniano. Temos uma pessoa com uma fratura, gente que foi bastante agredida”, afirmou.

Guárate acrescentou que no total são sete os feridos e que a pessoa com traumatismo craniano é o cinegrafista Alejandro Ledo, enquanto a jornalista Elena Santini, ambos da equipe de comunicação da prefeitura, apresenta uma fratura no tornozelo.

O membro do partido opositor Vontade Popular (VP) indicou que os dois comunicadores “foram jogados do primeiro andar da Prefeitura”, pelas pessoas que invadiram o edifício.

Segundo a imprensa local, membros de um sindicato de limpeza urbana da cidade protestavam desde ontem nos arredores da prefeitura pela falta de pagamento de uma série de benefícios trabalhistas.

Guárate disse que não deve “absolutamente nada a esses trabalhadores, mas são dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), pessoas que se negam a trabalhar” e opinou que o protesto “foi apenas um álibi para invadir a prefeitura”.

“Entraram à força, destruíram a sede da prefeitura, foi um ato de vandalismo”, acrescentou e acusou o governador do estado, o governista Tareck el Aissami, de estar por trás de um “plano desestabilizador” contra ele.

O prefeito opositor assegurou que recuperou durante a tarde o controle da prefeitura, onde “ficaram apenas 20 trabalhadores” dos que protestavam, e solicitou a presença do defensor público, Tareq William Saab.

“A única coisa que pedimos é que o defensor público venha e que ponha em órbita o outro Tareck, pois a única coisa que ele teme é a democracia”, defendeu.

O governador de Aragua respondeu através do Twitter, onde escreveu que os trabalhadores realizavam um “protesto justo contra os atropelos do prefeito” e afirmou que Guárate “sequestrou o presidente do conselho municipal e os vereadores do PSUV, provocando essa situação violenta”.

“Até quando este prefeito vai continuar semeando o terror e o caos em seu município? Só com JUSTIÇA neutralizaremos o fascismo”, assegurou Aissami em outra mensagem. EFE

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