Presidente do Irã admite ter pedido para equipe abandonar negociações
Teerã 23 jul (EFE).- O presidente do Irã, Hassan Rohani, disse nesta quinta-feira que durante as negociações nucleares do Irã com o grupo 5+1, que finalmente concluíram com um acordo, várias vezes pediu a sua equipe negociadora que retornassem a Teerã.
Rohani manifestou seu apreço pela resistência da equipe negociadora iraniana e explicou que em várias ocasiões “em Genebra e em Viena, quando era consultado pela equipe negociadora, dizia que se a outra parte (o G5+1) não aceitasse (as condições do Irã), que deixassem a mesa de negociações e retornassem ao Irã, mas eles resistiram”, informou a agência iraniana “Isna”.
O presidente iraniano explicou que também em Lausanne, “pelo menos duas vezes” pediu à equipe negociadora que deixasse a mesa de negociação, mas que mesmo assim eles continuaram os esforços.
Para Rohani, o acordo alcançado ajuda “a mensagem que deixa as ameaças, a intimidação e as sanções de lado”. A mensagem é que já terminou a época em “que uma parte era ganhadora e a outra perdedora, e que os temas são resolvidos na mesa de negociações”.
Ele ressaltou a importância da aprovação da resolução da ONU de aprovação ao acordo nuclear entre o Irã e o G5+1, formado por Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia, mais a Alemanha.
O Conselho de Segurança da ONU ratificou na segunda-feira por unanimidade o texto que autoriza o começo da suspensão de grande parte das sanções impostas a Teerã.
De acordo com o texto, sete resoluções das Nações Unidas sobre o Irã – e com elas várias de sanções – deixarão de ser efetivas assim que a Agência Internacional de Energia Atômica verificar que o país cumpriu algumas das condições essenciais incluídas no acordo.
Logo após a resolução da ONU ser aprovada, o Irã divulgou um comunicado em que se comprometeu a cumprir o acordo se todas as partes envolvidas fizerem o mesmo “de boa fé”. EFE
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