Preso condenado à morte nos EUA pede que sua execução seja gravada

  • Por Agencia EFE
  • 16/05/2014 15h14

Washington, 16 mai (EFE).- O condenado à morte Russell Bucklew, cuja execução está prevista para 21 de maio no Missouri, nos Estados Unidos, pediu nesta sexta-feira que haja câmaras para gravar o momento da aplicação da injeção letal, pois, segundo diz, será para ele uma “tortura” devido a uma doença congênita.

Os advogados de Bucklew pediram hoje em um tribunal federal que haja um registro audiovisual da execução para que possa ser usado como prova no processo que o réu mantém com o estado do Missouri.

“Se os funcionários do Missouri estão suficientemente confiantes para executar Russell Bucklew, deveriam estar confiantes para gravar isso em vídeo”, disse a advogada do réu, Cheryl Pilate, em comunicado.

Segundo a advogada, o detento tem uma doença congênita que provoca más-formações nos vasos sanguíneos em sua cabeça, face e garganta que lhe causam hemorragias.

Assim, a advogada considera que, devido a estas más-formações, os fármacos da injeção letal poderiam não circular bem pelas veias do preso e provocar-lhe dor, o que iria contra o mandato constitucional que proíbe os castigos cruéis.

“É o momento de levantar a cortina das injeções letais”, acrescentou Pilate.

Se for concretizada, a execução de Bucklew, de 45 anos, seria a primeira nos Estados Unidos após a acidentada execução de Clayton Lockett, que morreu de ataque cardíaco 40 minutos após receber a injeção letal no final de abril.

A morte de Lockett em um presídio de Oklahoma reabriu o debate sobre a pena capital nos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, definiu o caso como “preocupante” e ordenou ao secretário de Justiça, Eric Holder, uma revisão dos métodos de execução aplicados no país.

Bucklew foi condenado à morte por assassinar o namorado de sua ex-mulher, a quem sequestrou e violentou, e por atirar em um agente após uma perseguição policial. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.