Presos preventivos por jihadismo na Espanha já superam os do ETA
Madri, 26 abr (EFE).- Os presos preventivos acusados de terrorismo jihadista na Espanha já somam este ano 61 e superam pela primeira vez os que estão em prisão provisória por vínculos com o grupo terrorista ETA, que não passam de 40.
“Pela primeira vez a pirâmide se inverteu” entre presos preventivos por terrorismo de corte islamita e os vinculados ao ETA, destacou à Agência Efe o promotor-chefe da Audiência Nacional, Javier Zaragoza.
Esses números refletem o auge do fenômeno jihadista, amplificado pelo autodenominado Estado Islâmico (EI) e o paulatino descenso na atividade do ETA desde que grupo anunciou o cessar-fogo definitivo em 2011.
Zaragoza estimou que o número total de presos preventivos por jihadismo “pode chegar à centena no fim de 2015 se continuar esse este ritmo” nas operações policiais que estão sendo feitas para neutralizar o fenômeno jihadista na Espanha.
Nos quatro primeiros meses deste ano mais pessoas foram detidas por ligação com o jihadismo, como Estado Islâmico, AQMI (Al Qaeda no Magrebe Islâmico) e MUYAO (Movimento para a União da Jihad na África Ocidental) do que em todo o ano passado.
Segundo dados informados à Efe pela procuradoria da Audiência Nacional, dos 61 presos por jihadismo que aguardam julgamento nas prisões espanholas, 28 foram detidos em 2015, 21 em 2014 e 11 em 2013.
O número de menores que ingressaram preventivamente em centros de internamento por ligação com o jihadismo também aumentou nos primeiros meses de 2015 e são já o dobro do ano passado. Em 2014 eram somente dois e neste ano já chegaram a cinco. EFE
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