Primeira-dama pede que não deixem jovens ser “bucha de canhão” na Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 22/02/2014 19h04

Caracas, 22 fev (EFE).- Cilia Flores, esposa do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu neste sábado às mães dos estudantes que participaram dos atos de violência em protestos contra o governo que os impeçam de ser “bucha de canhão”.

“Seu filho é usado como bucha de canhão nessas supostas manifestações pacíficas (…), mas nelas estão infiltrados os mercenários fascistas que querem acabar com isso (o governo) por meio da violência”, declarou Flores.

Durante uma passeata de mulheres governistas rumo ao palácio presidencial, Flores declarou a emissoras estatais que “o fascismo” está por trás das dez mortes registrada desde que em 12 de fevereiro começaram os protestos de rua contra o governo.

“Aqui nunca se havia visto as atrocidades, a barbárie que vemos agora. O apoio dos fascistas são os estudantes e, entre esses, estão os mercenários (…) por isso o apelo às mães dos rapazes que, sendo estudantes, estão sendo usados como bucha de canhão”, afirmou.

A primeira-dama, que durante o governo de Hugo Chávez foi titular da Procuradoria da Nação e antes presidente do Parlamento unicameral, endossou a acusação de Maduro de que a Venezuela caminha para um golpe de Estado.

“Os fascistas buscam o poder que não puderam conseguir pela via eleitoral, nem pelos golpes de Estado nem pelas guarimbas (barricadas populares) e também fracassarão agora”, alertou.

Flores insistiu que “em toda família se deve refletir sobre que é a paz, a convivência, os valores de vida para neutralizar os violentos”, especialmente neste momento que, concluiu, se procura derrubar “o governo do filho de Chávez, o presidente Maduro, que tem a determinação de proteger o povo”. EFE

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