Procuradoria recomenda que Pérez Molina renuncie e evite ingovernabilidade
Cidade da Guatemala, 26 ago (EFE).- A Procuradoria Geral da Guatemala recomendou nesta quarta-feira ao presidente do país, Otto Pérez Molina, acusado de corrupção, que renuncie ao cargo para evitar assim a “ingovernabilidade” do país.
Pérez Molina foi acusado na sexta-feira passada pelo Ministério Público e pela Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG) de liderar uma rede de corrupção junto com sua ex-vice-presidente, Roxana Baldetti, agora na prisão.
Esta rede era uma milionária estrutura clandestina dentro do ente arrecadador de impostos, que funcionava com a cumplicidade de pelo menos 49 pessoas, 28 delas já detidas.
A Suprema Corte de Justiça aceitou para trâmite um pedido de antejulgamento contra o presidente feito pelos entes acusadores, que será analisado no Congresso, onde os deputados devem decidir se retiram ou não a imunidade de Pérez Molina para que seja investigado.
A Procuradoria Geral explicou nesta quarta-feira que, por mandato constitucional, o presidente deve representar “a união nacional, devendo zelar pelo bem comum, a consolidação do regime de legalidade, a segurança, a justiça, a igualdade, a liberdade e a paz”.
Por isso “recomenda” que Pérez Molina apresente sua renúncia para evitar uma ingovernabilidade que, de acordo com a procuradoria, vai desencadear uma “instabilidade” geral da nação.
Pérez Molina, cujo sucessor será escolhidos nas eleições gerais do próximo dia 6 de setembro, já assegurou que não tem nenhuma vinculação com a corrupção e que não pretende renunciar. EFE
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