Promotor apela contra acusação da infanta Cristina em caso de corrupção

  • Por Agencia EFE
  • 26/06/2014 09h31

Palma de Mallorca (Espanha), 26 jun (EFE).- O promotor anticorrupção apresentou nesta quinta-feira um recurso de apelação contra a acusação da infanta Cristina, irmã do rei Felipe VI da Espanha, que ontem um juiz decidiu manter por dois supostos delitos fiscais e um de lavagem em um caso de corrupção.

O promotor Pedro Horrach apresentou o recurso por entender que não existem indícios contra ela, 24 horas depois que o juiz José Castro, de um tribunal de Palma de Mallorca (Ilhas Baleares), desse por concluída a fase de investigação do denominado “caso Nóos”, com a acusação de 15 pessoas, entre elas também o marido da infanta, Iñaki Urdangarin.

Horrach considera que o juiz baseia a manutenção da acusação da infanta Cristina em “meras conjeturas”, sofre “contaminação judicial pela influência dos meios de comunicação” e despreza indícios exculpatórios.

Além disso, o promotor diz que foram desprezados “indícios de notável força exculpatória” para a infanta Cristina e reprova “que mude radicalmente de critério”.

O Caso Nóos, que Castro abriu em julho de 2010, é a investigação de um suposto desvio de até seis milhões de euros de fundos públicos ao Instituto Nóos, uma instituição sem fins lucrativos que foi presidida por Urdangarin entre 2003 e 2006.

A infanta e seu marido criaram a empresa Aizoon, à qual supostamente foram parar parte desses fundos desviados.

Segundo o juiz Castro, há “insolentes indícios” de que Cristina de Borbón interveio na suposta trama corrupta “lucrando em próprio benefício” e “facilitando os meios para que o fizesse seu marido”, Iñaki Urdangarin, mediante uma “colaboração silenciosa”.

Após conhecer a decisão do juiz, o advogado da infanta Cristina, Miquel Roca, anunciou ontem que recorrerá da acusação, por entender que não há base jurídica para isso e que o instrutor não levou em conta relatórios da Agência Tributária espanhola que, na sua opinião, exonerariam a sua defendida. EFE

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