Promotoria egípcia acusa 200 jihadistas de terrorismo

  • Por Agencia EFE
  • 10/05/2014 14h54

Cairo, 10 mai (EFE).- O procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, acusou de terrorismo neste sábado 200 supostos líderes e membros da organização extremista “Ansar Bait al Maqdis” (Partidários da Casa de Jerusalém).

Todos são acusados de realizar atos terroristas contra membros do exército e da polícia egípcias, assim como ataques às delegacias de polícia do Cairo e da província de Al Daqahliya, explicou o promotor, em comunicado divulgado pela agência de notícias egípcia, “Mena”.

Ele também ordenou a continuidade da detenção de 102 dos acusados e prendeu 98 que estavam foragidos.

A acusação é de criar e se unir a um grupamento terrorista que tenta dificultar o cumprimento da Constituição, das leis e impedir que o Estado desempenhe seus trabalhos.

Também são acusados de violar direitos e liberdades individuais, prejudicar a união nacional e a paz social, e colaborar com o movimento islamita palestino Hamas.

O comunicado diz que eles teriam matado 40 membros das forças armadas e da polícia e 15 civis, além de ferir 348 pessoas.

Entre os mortos está um oficial do Departamento da Segurança Nacional, que era a principal testemunha da acusação na causa em que o presidente islamita egípcio deposto Mohammed Mursi e outros dirigentes da Irmandade Muçulmana são acusados de colaborar com o Hamas.

No último dia 4 de maio o Ministério do Interior anunciou que as forças de segurança capturaram 36 células extremistas e abortaram três atentados terroristas durante abril em vários pontos do país.

Desde a derrocada de Mursi, por causa do golpe de Estado em 3 de julho de 2013, aumentaram os ataques armados contra membros da polícia e do exército em todo o país, que causaram até agora a morte de 500 agentes de segurança.

O grupo jihadista Ansar Beit al Maqdis reivindicou a maioria dos atentados registrados nos últimos meses no Egito, embora recentemente outra formação radical, denominada Agnad Masr (Soldados do Egito), tenha ganhado força.

Entre os ataques assumidos pela organização jihadista está o contra um ônibus de turistas na Península do Sinai, que matou três sul-coreanos e um egípcio em fevereiro.

Muitos das agressões reivindicadas pela Ansar beit al Maqdis foram atribuídos pelas autoridades egípcias a Irmandade Muçulmana, declarada organização terrorista, que sempre negaram envolvimento nesses atos. EFE

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