Protestos na Venezuela causam morte de mais duas pessoas

  • Por Agencia EFE
  • 22/03/2014 17h43

Caracas, 22 mar (EFE).- Os protestos que ocorrem na Venezuela há mais de um mês tiraram a vida de mais duas pessoas feridas à bala nas últimas horas, segundo informaram neste sábado diversas fontes.

Em San Cristóbal, no oeste da Venezuela, o prefeito encarregado, Sergio Vergara, confirmou à Agência Efe a morte ontem de Wilfredo Rei, um motorista de uma linha de transporte do município que faleceu perto da meia-noite após ser atingido por uma bala.

Vergara atribuiu a responsabilidade da morte “a grupos coletivos que estão acompanhando a ação dos corpos de segurança”, durante uma operação nos bairros Sucre e Libertador, embora assinalou que não conhecia com exatidão os detalhes do tiroteio.

Vergara acrescentou que, além disso, houve um número indeterminado de feridos.

Enquanto isso, o jornal “El Carabobeño”, de Carabobo (centro), reportou hoje a morte de Argenis Hernández, de 26 anos, após ser ferido à bala por um motorista que disparou no município de San Diego, no estado Carabobo.

O jornal “Notitarde”, desse mesmo estado, informou que Hernández se encontrava com um grupo de pessoas que protestavam ao redor de uma barricada quando um motorista tentou passar por cima dos obstáculos colocados na via e ao ser parado, respondeu abrindo fogo.

As mortes ocorrem nos municípios dos dois prefeitos opositores que foram detidos nesta semana.

O prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos, e o de San Diego, Vicenzo Scarano, foram detidos nesta semana acusados por sua atuação frente às barricadas que são mantidas nesses municípios há mais de um mês.

Scarano foi condenado na quarta-feira pelo TSJ a 10 meses e 15 dias de prisão por desacatar uma sentença que o obrigava a impedir a colocação de barricadas de quem protesta contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Ceballos foi detido depois que foi expedida uma ordem de apreensão contra si acusando-o de “rebelião civil” e formação de quadrilha por sua atuação nesse município em relação às protestos.

De acordo com números oficiais, os protestos que se desenvolvem no país desde 12 de fevereiro deixaram até o momento um balanço oficial de 31 mortos, mais de 450 feridos e perto de dois mil detidos, dos quais 121 permanecem na prisão. EFE

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