Putin acredita que única “solução para crise síria” é ajudar governo de Assad
Washington, 27 set (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acredita que a única “solução para crise síria” é fortalecer o governo do presidente Bashar al-Assad, segundo uma entrevista que que será transmitida neste domingo pela rede americana “CBS”.
“Não há outra solução à crise síria do que fortalecer as estruturas de um governo efetivo e prestar ajuda na luta contra o terrorismo”, afirma Putin.
O líder russo advoga também para que o regime “se envolva em um diálogo positivo com a oposição racional e realize reformas”, segundo os trechos da entrevista adiantados pela CBS.
Putin, que deve se dirigir na segunda-feira à Assembleia Geral da ONU, ordenou o desdobramento de aviões de guerra e diverso material bélico na Síria.
Segundo os EUA, a Rússia desdobrou até 28 caças em uma base aérea de Latakia (reduto de Al-Assad) e começou a operar voos de drones para vigilância.
Embora não revele detalhes sobre essa mobilização militar, Putin se declara partidário de uma “ação coletiva” contra grupos terroristas como o Estado Islâmico (EI), que ocupa parte da Síria.
O presidente ressalta que a Rússia está disposta colaborar em “um marco coordenado” com outros países, incluído Estados Unidos, que lidera uma coalizão internacional para combater o EI na Síria no Iraque.
Em todo caso, Putin reitera sua rejeição a “qualquer ação” destinada a “destruir o governo legítimo” da Síria, pois essa circunstância “criará uma situação que pode ser vista agora em outros países da região ou em outras regiões, por exemplo na Líbia, onde todas as instituições estatais estão desintegradas”.
“Vemos uma situação similar no Iraque”, acrescentou o líder russo, que remarcou que “só o povo sírio tem direito a decidir quem deve e como deve governar seu país”, frente à oposição de várias potências ocidentais ao regime de Al-Assad.
Putin se reunirá na segunda-feira com o presidente de EUA, Barack Obama, no marco da Assembleia Geral da ONU e espera-se que um dos grandes temas do encontro seja a crise síria, junto ao conflito na Ucrânia. EFE
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