Qual Barbosa assumirá a Fazenda: o desenvolvimentista ou o pró-ajuste?
Ministro do Planejamento
Ministro do PlanejamentoFernando Rodrigues dá os destaques desta semana curta em Brasília, marcada pelo Natal e pelo recesso.
Haverá a posse de Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda. Ele é um desenvolvimentista e foi nomeado para agradar petistas e aliados. (veja mais detalhes abaixo).
Eduardo Cunha vai definir com líderes partidários como proceder com um processo de impeachment, após definição do rito pelo STF. A possibilidade de convocação extraordinária para meados de janeiro é remota.
Dilma passa o dia no Mercosul no Paraguai e volta ainda nesta segunda para a nomeação de Barbosa. A presidente ainda passa pelo nordeste e o Rio de Janeiro e deve passar o Natal no Rio Grande do Sul.
Será divulgada nesta terça-feira (22) ainda a última pesquisa do ano sobre o desemprego no Brasil terça. Dados da inflação também serão publicados, e eles podem influenciar na decisão do Banco Central em relação aos juros.
Aeroviários pretendem definir nesta segunda se vão fazer alguma paralisação que atrapalhe o movimento de fim de ano nos aeroportos
Nelson Barbosa
O novo ministro da Fazenda tem dito em entrevistas recentes que deseja manter o ajuste fiscal e buscar o superávit.
Barbosa é tido como um desenvolvimentista, dos que pensam que sempre é possível um atalho para expandir a economia. Não é visto como um ortodoxo.
Ele deve fazer uma conferência telefônica com agentes do mercado.
Finalmente Dilma está escolhendo alguém para a Fazenda que pensa muito próximo ao que ela quer para a economial.
No final de 2014, Lula desejava alguém com um perfil mais liberal. Dilma tentou ainda o presidente do Bradesco. Joaquim Levy foi a terceira opção. Opção que não deu certo.
Sua missão era impedir o rebaixamento da nota de confiança do Brasil e construir uma sólida política econômica. Mas foi sabotado o tempo todo, até por Barbosa e pelo Planalto.
A postura nova de Barbosa só se confirmará na prática nos próximos meses.
Fernando Rodrigues fala ainda de detalhes da reunião de Cunha com líderes sobre o impeachment, que pode descambar para o ano que vem em mais uma batalha judicial no STF.
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