Reformas profundas de Temer podem sair apenas depois das eleições de outubro

  • Por Jovem Pan
  • 16/05/2016 13h05
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EFE/Fernando Bizerra Jr. Michel Temer - EFE

Há muita dúvida em Brasília sobre como Temer vai conseguir aprovar as principais medidas. A principal até agora, aventada em entrevistas pelo novo ministro da Fazenda Henrique Meirelles, é a Reforma da Previdência. Meirelles já falou em idade mínima e regras de transição, o que gerou a reação das centrais sindicais.

Outras medidas seriam as reformas fiscal e/ou tributária.

Tudo isso poderá ser feito ao longo do tempo, e não de um dia para o outro, como se especulava.

Michel Temer trouxe algum oxigênio para a política, mas não tem muito apoio popular.

Muitos acreditam que é impossível para o presidente em exercício fazer qualquer coisa antes do primeiro turno das eleições de outubro.

Vários deputados que vão disputar cargos de prefeito, por exemplo, teriam dificuldade em votar em reformas impopulares.

PSDB

O PSDB é o partido que, depois do PMDB, tem mais cargos importantes no novo governo. A sigla tucana, porém, ainda não se manifestou de maneira clara em relação ao novo governo.

Na quinta à noite haverá uma demonstração da posição da sigla em programa na TV e no rádio.

Aécio Neves indicou Bruno Araújo para a integração nacional.

Alckmin indicou Alexandre de Moraes para a Justiça.

Serra indicou a si mesmo para as Relações Exteriores.

Temer, assim, acomodou os três pré-candidatos do partido para a Presidência a fim de tentar obter um sossego com o partido, o que ainda não houve.

Agenda

Nesta semana, Temer fará uma série de reuniões com sua equipe e com a sociedade civil, como sindicatos.

Meirelles anuncia na terça (17) o nome do novo presidente do Banco Central. Ainda existem 25 ministérios (e não 23 anunciados), pois AGU e o Banco Central ainda contam como ministérios e devem continuar assim por meses. Isso porque Temer enviará ao Congresso proposta que dá foro privilegiado para o advogado-geral e o presidente do BC.

Há também a importantíssima votação da chamada revisão da meta fiscal. A alteração da meta deve indicar um número exequível. Se não alterar, a pressão será enorme. Ou o governo comete crime de responsabilidade, ou fica paralisado.

Na Câmara, a pressão continua sobre Waldir Maranhão (PP-MA), presidente incidental da Casa.

O PT definirá como será sua estratégia nacional de oposição ao governo Michel Temer.

Na economia, o IBGE divulga na quinta-feira (19) as taxas de desemprego para várias regiões do País.

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