Renato Duque usa direito de permanecer calado durante CPI da Petrobras

  • Por Agencia EFE
  • 19/03/2015 14h11
  • BlueSky

Brasília, 19 mar (EFE).- O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso por suposto envolvimento no escândalo de corrupção da empresa, optou por usar o direito de permanecer em silêncio nesta quinta-feira, durante a CPI da Câmara que investiga o caso.

“Não posso dizer que é um prazer estar aqui, mas por orientação da minha defesa, na condição de investigado, estou exercendo meu direito de permanecer em silêncio”, declarou.

Em meio aos protestos de alguns deputados, o ex-diretor da empresa disse que “há uma hora de falar e outra de se calar”, e considerou que “este é o momento de permanecer calado”.

Mesmo assim, os parlamentares decidiram continuar com a sessão e questionaram Duque, que respondeu todas as perguntas afirmando que ficaria calado.

O deputado Chico Alencar (PSOL), o primeiro a testar a resistência de Duque, afirmou que “esse silêncio é cúmplice” e que “o incrimina ainda mais” no assunto, classificando a postura do investigado como “deplorável”.

Renato Duque está preso em Curitiba e foi levado a Brasília pela Polícia Federal somente para comparecer à comissão parlamentar. O ex-funcionario da Petrobras é acusado de ter desviado cerca de 20 milhões de euros para contas no principado de Mônaco.

Suspeito de ser um dos contatos entre a rede de corrupção e o PT, Duque havia sido detido em dezembro, mas recuperou a liberdade dias depois graças a um habeas corpus.

No entanto, voltou a ser preso nesta semana após as autoridades identificarem que o ex-diretor da estatal tinha uma conta secreta em um banco da Suíça e que nas últimas semanas havia ordenado transferências a Mônaco. EFE

ed/vnm

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.