Constantino: A panela de pressão social causada pelas leis trabalhistas
Deu numa reportagem de capa do GLOBO neste domingo (12): O jovem brasileiro consegue o primeiro emprego com carteira assinada cada vez mais tarde.
Em média, isso só acontece aos 28,6 anos, segundo levantamento da consultoria iDados a partir dos dados de 2017 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), os mais recentes. A crise econômica dos últimos quatro anos agravou esse quadro. Entre 2006 e 2014, a idade média de ingresso no mercado formal girava em torno de 25 anos.
Segundo especialistas, a alta reflete o desemprego maior que a média do país entre os jovens, o segmento que tem mais dificuldades de conseguir uma vaga e que foi o mais afetado pela recessão. Também reflete uma questão estrutural do mercado de trabalho brasileiro, que historicamente tem nível elevado de ocupados na informalidade.
E por que será? A matéria não explica direito. O motivo é simples: os jovens chegam ao mercado de trabalho menos experientes, ou seja, menos produtivos. Deveriam, portanto, ganhar menos. Mas a lei não permite! Encargos trabalhistas que praticamente dobram o custo do salário para o empregados encarecem muito a contratação. Salário mínimo, décimo-terceiro, licenças etc, tudo isso que nossas máfias sindicais chamam de “conquistas trabalhistas” prejudicam justamente os mais jovens na hora de buscar emprego.
Eles são os que mais sofrem com essas regalias todas que ignoram a lei de oferta e demanda do mercado de trabalho. O mesmo acontece na Europa, especialmente em países com mais força sindical, como a França. O desemprego dos jovens chega a 25%, e no caso de imigrantes até 50%.
É uma panela de pressão social, causada em boa parte pelas leis trabalhistas. A informalidade é o grito de liberdade daqueles asfixiados pelo ar rarefeito imposto pelo governo. E pensar que a esquerda, que produz isso tudo, ainda tenta monopolizar a preocupação com os mais pobres…
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