Constantino: Bolsonaro ainda não entendeu que governo não é puxadinho da família
O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar nesta quinta-feira (18), em transmissão ao vivo feita nas redes sociais, sobre a indicação do filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a embaixador do Brasil nos Estados Unidos. “Lógico que pretendo beneficiar filho meu”, afirmou, esclarecendo que sua intenção é indicá-lo “a não ser que ele não queira”.
“A fala é terrível. Entendo que não era bem o que ele queria dizer, o presidente não é muito bom em retórica, às vezes. Mas o que ele queria dizer era que ele poderia beneficiar, se ele desse um ministério, alguma coisa com um orçamento maior, mas que não se trata disso com a embaixada. Mas pegou muito mal esse trecho, né? Quero favorecer meus filhos, dar o filé mignon… Isso não é uma papelocracia, como alguns têm dito por aí. O Brasil é uma República, mas estamos longe de tratá-la como uma. Lembrando que República tem que ser tratada como uma coisa pública, e não privada, não pode ser uma extensão da família, do clã, da dinastia. Não é puxadinho da família. Esse tipo de coisa está mostrando que Bolsonaro não entendeu ainda muito bem isso. O filho não tem condições de assumir essa embaixada, tirou férias no recesso parlamentar e parece que foi surfar na Indonésia, enquanto fica o povo bolsonarista defendendo de forma incondicional algo indefensável. As tentativas de justificar a indicação estão saindo pela culatra. Ainda dá tempo de voltar atrás, mesmo com o grande desgaste”, opinou Constantino.
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