Constantino: Saques são bem vindos, mas a longo prazo FGTS precisa acabar
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) confirmou, nesta quarta-feira (17), que a liberação do saque do Fundo de Garantia do Trabalhador Social (FGTS) ativo e do PIS/Pasep ao trabalhadores deve ocorrer ainda nesta semana. A intenção é permitir o saque de até 35% dos recursos para injetar cerca de R$ 42 bilhões na economia.
“A medida é boa e vem em um momento muito importante, já estamos falando de 13 milhões de desempregados, estagnação econômica praticamente – a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para está ano está em 0,8% e diminuindo -, então liberar vai aliviar a situação de famílias que estão em uma conjunção muito negativa. O ex-presidente Michel Temer (MDB) fez o mesmo em 2017. O impacto, no entanto, é pontual e paleativo, e precisa vir acompanhado da aprovação de reformas estruturais para melhorar o ambiente de investimento produtivo no país. Não é o consumo que faz a economia girar, e sim um ambiente melhor de negócios, que permita mais investimentos produtivos a longo prazo. Além disso, a medida também tem caráter de justiça, já que vale lembrar que o FGTS é um confisco: tira-se dinheiro do trabalhador e da empresa, remunera-se esse dinheiro abaixo daquilo que conseguiria no mercado, e a premissa por trás é que o governo gasta melhor do que cada um de nós o nosso próprio dinheiro”, avaliou Constantino.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.