Constantino: Situação de Flávio faz Bolsonaro se afastar da Lava Jato
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta segunda-feira (30), suspender processos envolvendo a quebra do sigilo do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no caso Queiroz
“Do ponto de vista técnico, o Dias Toffoli já tinha suspendido por causa do Coaf, que considerou irregular, então a reclamação da defesa do Flávio é que as investigações, apesar da decisão do Toffoli, não cessaram. Então o Gilmar Mendes está apenas confirmando que isso tem que ser suspenso até o dia 21 de novembro, onde irá para plenário. Então do ponto de vista técnico pode fazer sentido, mas essa insistência toda da família é suspeita – até porque nós temos relatos de que o Flávio esteve com o Gilmar e o presidente Jair Bolsonaro esteve reunido, no final de semana, com agenda intensa, com o advogado do Flávio.
Logo depois, vem essa decisão do Gilmar, o que faz com que tudo isso soe muito estranho, pegue muito mal e mostra, realmente, que tem essa questão do Flávio incomodando essa aproximação que o Bolsonaro sempre teve, pelo menos em suas promessas de campanha, com o lava jatismo. Há um afastamento do bolsonarismo e do lava jatismo? Existem indícios que apontam que sim, e tudo por causa da questão delicada, para usar um eufemismo, de seu filho envolvido com Fabrício Queiroz.
Como boons militares, com cabeça de militar, o Flávio deveria conseguir ter a ombridade, o patriotismo de ir para o sacrifício, se cometeu os crimes de que é suspeito ou acusado, que pague o preço para poder liberar o presidente a voltar a se aproximar da Lava Jato e o país a voltar a ter a questão ética como prioridade e voltar a combater criminosos. É uma pena que essa situação do Flávio tenha colocado o pai em uma sinuca de bico e ‘família acima de tudo’ tenha colocado Bolsonaro em um situação bem literal e muito ruim”, disse Constantino.
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