Rodrigo Constantino: Obsessão da esquerda por ‘igualdade de resultados’ é a pura ideologia da inveja
“A igualdade é um pré-requisito do desenvolvimento, se não do próprio crescimento, na medida em que as economias são ineficientes sem a igualdade que incentiva educação e saúde, para transformá-los em produtividade” — disse Alicia Bárcena Ibarra, secretária Executiva da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe das Nações Unidas, completando: — “Igualdade, produtividade e democracia vêm juntos”.
É mesmo? Então ela precisa explicar porque países com maior desigualdade, medida pelo índice de Gini, apresentam muitas vezes uma democracia mais sólida e uma produtividade bem maior. É o caso dos Estados Unidos, por exemplo.
O que aconteceria se déssemos mil dólares para cada um de mil participantes num experimento social, e voltássemos 5 ou 10 anos depois? Ora, não resta a menor dúvida de que veríamos resultados muito distintos. Alguns teriam multiplicado esse valor, outros teriam gasto tudo logo no começo, cada um teria feito coisas bem diferentes de acordo com suas prioridades, seus impulsos, suas habilidades e também sua sorte. Mas só temos uma certeza: os resultados seriam bem desiguais.
Essa obsessão da esquerda por “igualdade de resultados” é a pura ideologia da inveja, que toma a economia como um jogo de soma zero, um bolo fixo que precisa ser melhor dividido, mais nada. Ignora o que costuma criar riqueza. Tanto que na mesma reportagem fala-se em tom de crítica sobre a redução de imposto de renda em vários países, como se taxar mais os mais ricos fosse algo sempre desejável, enquanto na prática prejudica justamente os mais pobres, ao punir os criadores de riqueza.
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