Rohani vê diferenças, mas crê em acordo nuclear integral do Irã com G5+1
Teerã, 13 jun (EFE).- O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou neste sábado que, apesar de existirem ainda “muitas diferenças nos detalhes” entre seu país e as potências do Grupo 5+1, chegar a um acordo nuclear “honorável e definitivo é possível”.
Rohani deu uma grande entrevista coletiva em Teerã, e fez um balanço dos dois anos de sua eleição para presidente da República Islâmica, na qual tocou em todos os temas da agenda local e internacional de seu governo.
“Hoje, os marcos gerais mais importantes para a República Islâmica já foram aceitos pelo Grupo 5+1, embora ainda haja muitas diferenças nos detalhes que devem ser lembradas”, indicou Rohani.
O presidente destacou que a negociação estipulada com os negociadores anunciada em 2 de abril reconhece os pedidos do Irã e até o momento as sete rodadas de negociação sobre o tema seguiram “essa caminho”.
“Se o outro lado respeitar esse marco, respeitar nossos interesses nacionais e evitar reivindicações excessivas, o acordo está ao alcance”, disse.
Para Rohani, aconteça o que acontecer com o acordo, o “Irã será um ganhador” por ter conseguido com diálogo que o mundo finalmente reconhecesse seus “direitos” inalienáveis de ter uma indústria nuclear pacífica.
Além disso, o presidente ressaltou a “seriedade” de seu país nestes diálogos com o Grupo 5+1, formado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança: EUA, China, França, Rússia, Reino Unido mais a Alemanha, quando se aproxima a data limite estabelecida para chegarem a um acordo definitivo sobre este tema, 30 de junho.
Neste sentido, Rohani advertiu que seu país “não procura nem perder nem ganhar tempo”, embora também não esteja limitado “a cumprir um período de tempo específico”.
“Não temos pressa, e usaremos todas nossas oportunidades e possibilidades para conseguir um acordo”, acrescentou.
Além disso, o presidente indicou que o acordo significará sem dúvida o fim das sanções econômicas que pesam contra seu país, particularmente as impostas pelas Nações Unidas.
Rohani indicou que as maiores diferenças entre as partes são por enquanto a coordenação para que as medidas para limitar o desenvolvimento do programa nuclear iraniano a um exclusivamente pacífico e o fim das sanções sejam tomadas em passos “simultâneos”.
Em todo caso, o líder, um clérigo xiita de tendência moderada, apontou que apesar das das sanções, “desumanas e ilegais”, as mais duras impostas internacionalmente sobre qualquer país do mundo, o Irã “conseguiu se conduzir bem e continuará do mesmo modo se elas persistirem”. EFE
amr/cd
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