Dinheiro e Rolling Stones: banda é um dos negócios mais lucrativos da música
Além da música, banda lucra com turnês, patrocinadores e, desde 2020, com uma loja em Londres, onde vende roupas, acessórios e outros produtos; soma da fortuna dos integrantes é de US$ 1,5 bilhão
Com a morte de Charlie Watts, dos Rolling Stones, na terça-feira, perdemos um dos bateristas mais marcantes do rock e um grande exemplo de longevidade profissional. Ele estava há 58 anos na banda, passou a ser membro oficial no distante 1963. Naturalmente, só ficou tanto tempo no posto porque os próprios Rolling Stones são um dos grupos mais longevos do mundo. Formado em 1962, hoje, com a morte do baterista, só tem dois integrantes originais: Mick Jagger e Keith Richards. Nesses 59 anos, evoluiu de apenas um grupo de jovens tocando rock para uma das mais lucrativas corporações do mundo.
Além da renda dos shows, das vendas de álbuns e das execuções em streaming, promove turnês, tem publicações, atrai patrocinadores e, desde o ano passado, administra uma loja em Londres, onde vende roupas, acessórios e outros produtos. E, graças a tudo isso, naturalmente enriqueceu. A soma das fortunas dos quatro integrantes oficiais, somado o guitarrista Ron Wood, que entrou na banda nos anos 70, é avaliada em quase US$ 1,5 bilhão. A parte de Charlie Watts era de US$ 250 milhões, segundo a imprensa britânica.
The Rolling Stones
Fortuna: US$ 1,5 bilhão
- Shows
- Publicações
- Patrocínios
- Venda de música
- Loja
Mas se engana quem pensa que tudo foi construído só com música. Os Rolling Stones foram os criadores das grandes turnês de artistas, usando as últimas tecnologias, como microfones e amplificadores, para se apresentar para dezenas de milhares, até milhões de pessoas, como no Brasil, em 2006. Firmaram uma marca, aquele logotipo com os lábios, conhecida no mundo inteiro, e entregaram os negócios a administradores profissionais, tornando a banda uma fábrica de dinheiro. Por exemplo, quando seus integrantes estavam na faixa dos cinquenta anos, no final dos 80, muitos se perguntavam por que ver mais um show dos Rolling Stones àquela altura.
A banda respondeu sugerindo que aquela provavelmente era a última turnê. Não era, mas os fãs lotaram os shows, temendo nunca mais ver os ídolos juntos ao vivo. Mesmo tocar no Brasil, na Argentina e em outros países onde nunca tinham se apresentado antes foi uma estratégia, abrindo novos mercados nos anos 90. Em resumo, os Rolling Stones são uma fonte inestimável de lições para CEOs e empreendedores. Por isso, fazem sucesso há tanto tempo. Um feito que a maioria das empresas não consegue.
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