Para o FMI, a economia do Brasil vai melhor do que o esperado
Relatório destaca que o PIB deve terminar o ano muito acima do que se imaginava até maio, graças às medidas adotadas pelo governo, como o auxílio emergencial e o programa de manutenção do emprego
Divulgado na quarta-feira, 22, o relatório anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que o desempenho da economia brasileira tem sido melhor do que o esperado e faz alguns elogios ao governo. O documento ressalta a alta prevista para o Produto Interno Bruto (PIB) no ano, de 5,3%. Também destaca que a economia já recuperou o nível de antes da pandemia. Ocorreu no primeiro semestre, quando o PIB retornou ao patamar de fevereiro de 2020. Mostra ainda que o ritmo da economia segue acelerado, apoiado pela expansão do crédito e pela recuperação do mercado de trabalho. Outros fatores destacados são o avanço da vacinação, hoje com 69% da população tendo recebido ao menos a primeira dose.
O FMI aponta que a poupança das famílias cresceu. Mais de R$ 330 bilhões só no ano passado. E que esse dinheiro, com a população vacinada, vai apoiar a retomada do setor de serviços. Há um otimismo meio exagerado em alguns pontos. O relatório considera, por exemplo, que a falta de produtos, que alimenta a alta da inflação, não vai continuar em 2022. Que a alta dos preços das commodities vai prosseguir e apoiar novos investimentos — na verdade, os preços estão em forte queda desde julho — e que a inflação deve cair continuamente até o fim do ano que vem. Depende muito da crise hídrica. Mas o fundo traz um balanço sobre a recuperação da economia que também é inegável. Mesmo com uma piora do cenário nos últimos dois meses, o PIB deve terminar o ano muito acima do que se imaginava até maio. Na época, se falava em alta de 3% ou até menos. Vai ser de 5,3%, muito graças às medidas adotadas pelo governo, como o auxílio emergencial e o programa de manutenção de empregos.
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