Promessas de Gabriel Boric, presidente eleito no Chile, podem não avançar
Mesmo vitorioso, ex-líder estudantil precisará se esforçar para manter a responsabilidade fiscal e evitar uma fuga de capitais, além de controlar a inflação
PIB Chile
- 2021 +11%
- 2022 +2,5%
Só que, no ano que vem, a alta do Produto Interno Bruto do Chile deve ficar entre 2% e 3%, segundo o governo. Além disso, a pobreza cresceu no país, chegando a 12% da população. O Congresso chileno estará dividido entre esquerda e direita, sem nenhum lado controlando a Câmara dos Deputados e o Senado. E a inflação, que perturba os chilenos como nos outros países, deve terminar o ano em 6%. Três vezes mais do que era antes da pandemia. Ou seja, mesmo vitorioso, o presidente precisará se esforçar para manter a responsabilidade fiscal e evitar uma fuga de capitais, além de controlar a inflação. As mexidas na previdência parecem inevitáveis, já que o modelo atual, que cria fundos individuais para os trabalhadores em vez de uma previdência pública pagando aposentadorias, como é aqui no Brasil, parece esgotado. Mas, como disse a revista britânica The Economist, a promessa do candidato Boric de enterrar o liberalismo econômico no país deve continuar como isso mesmo, uma promessa.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.