Semana de bombardeios do governo em Aleppo deixa ao menos 246 mortos

Beirute, 6 fev (EFE).- Pelo menos 246 pessoas morreram, entre elas 73 menores, nos últimos cinco dias por ataques aéreos das forças armadas na cidade de Aleppo, no norte da Síria, informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Entre as vítimas há, ainda, 24 mulheres e 11 combatentes opositores, que morreram na queda de barris com explosivos lançados por helicópteros governamentais nos bairros do leste da cidade.

A ONG destacou que os bombardeios deixaram ainda centenas de feridos e o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas, que fugiram dos distritos orientais de Aleppo.

O Observatório responsabilizou pelo massacre o general-de-brigada Suhail Hassan, que dirige as operações para tomar o controle dessas zonas.

O grupo fez uma convocação à comunidade internacional para que intervenha imediatamente para deter os ataques, e pediu à alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navy Pillay, a que reúna os dados sobre esse massacre para levar algum dia perante a justiça ao general Hassan e aos executores dos ataques.

Há três dias, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, condenou a utilização de barris com explosivos contra os civis em Aleppo, algo que na sua opinião põe em forte risco as negociações de paz.

O uso desse tipo de bomba incendiária é “o último ato de barbárie de um regime que está cometendo tortura em grande escala, que usou armas químicas e está matando de fome comunidades inteiras ao bloquear o envio de alimentos aos civis sírios que precisam deles urgentemente”, disse Kerry, em comunicado.

Aleppo foi alvo de uma grande ofensiva dos rebeldes no final de julho de 2012 e de outras grandes operações posteriores, o que lhes permitiu dominar amplas áreas da cidade, embora não tenham conseguido ficar com o controle total da cidade. EFE