Sobe para 11 número meninas sequestradas por Boko Haram no domingo

  • Por Agencia EFE
  • 07/05/2014 12h51
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Lagos, 7 mai (EFE).- O número de meninas sequestradas no domingo na Nigéria por membros da seita radical islâmica Boko Haram é de pelo menos 11, apesar de em um primeiro momento ter sido informado que eram 8 reféns, garantiu nesta quarta-feira a imprensa local.

O sequestro das meninas, que tem entre 12 e 15 anos, aconteceu na noite de domingo na cidade de Warabe, no estado de Borno, base espiritual e de operações da seita radical.

Um residente de Warabe, Mallam Belo Umar, declarou aos jornalistas em Maiduguri, capital de Borno, que foram 11 as meninas raptadas.

“Um grupo de terroristas invadiu a cidade de Warabe no domingo à noite, sequestrou 11 de nossas meninas e as levou junto com nossa comida e nosso gado”, afirmou Umar, que disse que eram mais de 20 membros do grupo.

Segundo a testemunha, os agressores invadiram a aldeia, próxima à fronteira com Camarões, armados com fuzis AK-47, mas não mataram ninguém.

Outra testemunha, Ishaku Bremcha, deu uma versão semelhante: “Os sequestradores não feriram nem mataram nenhum de nós em Warabe, mas levaram 11 de nossas jovens filhas para a floresta, após nos ameaçarem”.

O sequestro não foi reivindicado por nenhum grupo, mas se suspeita que tenha sido obra de Boko Haram, autor de vários ataques em Borno.

Divulgado na terça-feira, um dia depois de Boko Haram reivindicar o rapto de mais de 200 meninas em uma escola em Chibok, também em Borno, em 14 de abril.

No vídeo, o líder dos fundamentalistas, Abubakar Shekau, afirmou que “em breve” aconteceriam mais ataques.

Boko Haram, que significa na língua local “a educação não islâmica é pecado”, luta por impor a “sharia”, lei islâmica na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde que a polícia acabou em 2009 com o líder de Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que já deixou mais de três mil mortos.

A Nigéria é o país mais povoado da África, tem 170 milhões de habitantes distribuídos em mais de 200 grupos tribais, e sofre inúmeras tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais. EFE

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